Em Outubro o Visões Úteis está em Lisboa, mas não só.
É um mês em cheio: 22 apresentações de 4 espectáculos diferentes em outros tantos sítios.

11 de Outubro - "O Contrabaixo" na Fábrica do Braço de Prata
15 a 26 de Outubro - "Muna" no Teatro Nacional D. Maria II

e ainda "Adúlteros Desorientados"
7 de Outubro - no Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia
30 de Outubro - no Museu da Olaria em Barcelos


Na versão do Visões Úteis de "O Contrabaixo" - uma visão desconcertante e cheia de humor da vida e da música - cruzam-se em palco um actor e um músico; movemo-nos algures entre o monólogo e o concerto não (pouco?) convencional. Estreado em 2005, este espectáculo tem estado em cena um pouco por todo o país.

11 de Outubro às 22h na Fábrica do Braço de Prata

"O Contrabaixo", uma criação e produção do Visões Úteis a partir do texto homónimo de Patrick Süskind
Tradução: Anabela Mendes; Dramaturgia e direcção: Ana Vitorino, Carlos Costa, Catarina Martins e Pedro Carreira; Direcção musical: João Martins; Interpretação: Pedro Carreira e João Martins

Classificação Etária: M/12 | Duração: 50 minutos


"Muna" começou com uma brincadeira sobre o negro e o divertido do fantástico. À medida que o número de crianças nas nossas vidas ia aumentando, o fascínio pela zona limite que apaixona crianças pequenas e adultos também aumentou. Depois de muitas voltas, chegámos às geografias de sonho de "Muna"; um para a infância, outro para adultos.

Em "Muna" seguimos o trilho de "O Rei dos Elfos" de Goethe através das ilustrações de Júlio Vanzeler. E habitamos um espaço de geografias variáveis em que a única constante é o som. Em cena cinco actores, um músico, uma multiplicidade de personagens, uma melódica, algumas gaiolas e uma bicicleta musical.

"Muna" na sala-estúdio do TNDMII de 15 a 26 de Outubro
versão para a infância (M4) - Sábado às 16h15 (Terça e Quarta para escolas, sob marcação)
versão para adultos (M12) - Quarta-feira a Sábado às 21h45, Domingo às 16h15

"Muna" para a infância

Num quarto uma criança está deitada na cama. Está doente e os pais vigiam-na. No seu sono de febre a criança mergulha num território estranho e desconhecido, onde se imagina um super-herói. Os objectos e vozes do quarto confundem-se com as personagens excêntricas desse mundo sonhado. O nosso herói vive uma aventura inesperada com um pé na realidade e outro na fantasia. Enquanto luta com o Rei dos Elfos para salvar a lua roubada, toma o xarope que o pai lhe dá.

Duração 40 minutos. Classificação etária M4.


"Muna" para adultos

Num quarto um pai que perdeu um filho está deitado na cama. No seu delírio de dor mergulha num território estranho e desconhecido de onde não consegue fugir. As memórias e os remorsos confundem-se com as personagens bizarras desse mundo que inexplicavelmente o interpela. Numa batalha perdida à partida, o pai tenta dominar a sua esmagadora impotência. Num mundo que foge a qualquer lógica, tenta encontrar o caminho de volta à realidade.

Duração 75 minutos. Classificação etária M12.

"Muna", uma criação e produção do Visões Úteis
Dramaturgia e direcção de Ana Vitorino, Carlos Costa e Catarina Martins,
Cenografia e adereços de João Calvário e Figurinos de Ana Luena, a partir de Ilustrações Originais de Júlio Vanzeler,
Banda Sonora Original e Sonoplastia de João Martins,
Desenho de Luz de José Carlos Coelho,
Interpretação de Ana Vitorino, Carlos Costa, Catarina Martins, João Martins, Rui Queirós de Matos e Pedro Carreira.

"Muna" estreou no Porto a 16 Junho de 2008, no Teatro Carlos Alberto, integrado na programação do Teatro Nacional São João.



"Adúlteros Desorientados", adaptação da obra "Cuentos de adúlteros desorientados" de Juan José Millás, é mais uma incursão do Visões Úteis no teatro portátil - um monólogo divertido para um público descontraído, concebido para possibilitar a relação directa entre criadores e público.

"O novo solo de Pedro Carreira para o Visões Úteis termina com a personagem a pôr a aliança no dedo tal como um pistoleiro sopra o fumo do revólver após o disparo. Muito compostinho, de fato e gravata, o adúltero prega a sua moral duvidosa com a fé dos crentes e quase nos convence com o truque da aliança: eis um homem que assume os compromissos. Depois de contar inúmeras facadas no casamento como se fosse ele a vítima cautelosa, a personagem tem o apoio popular e mais, a nossa militância na causa. É um adúltero admiravelmente convicto, que conquistou a nossa simpatia com os vários episódios de traição e infidelidade afinal comoventes, e as aventuras são para viver, ora essa."
Jorge Louraço Figueira in PÚBLICO (crítica de teatro)

Dia 7 de Outubro no Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, Café-Teatro do Fórum da Maia, às 23h30
Dia 11 de Outubro no Chá das Quintas, Auditório do Museu de Olaria de Barcelos, às 22h

"Adúlteros Desorientados", uma criação e produção do Visões úteis a partir de Juan José Millás
Dramaturgia e direcção: Ana Vitorino, Carlos Costa e Catarina Martins; Banda Sonora Original: João Martins; Interpretação: Pedro Carreira